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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A SABEDORIA DE AMAR O INIMIGO


Tem gente que pensa até hoje que as palavras de Jesus são mandamentos arbitrários e morais. Pensam que é assim apenas porque Deus quis que fossem assim; por um capricho. De fato, quando alguém, no entanto, se pergunta: qual é o chamado do Evangelho?—logo ele terá que responder que é realizar a Vida em nós. E por Vida quero dizer tudo aquilo que é a plenitude de nós em Deus e de Deus em nós. “Até a estatura do varão perfeito”, diria Paulo. Ora, se é assim, o mandamento único essa uma só coisa que está em tudo o que Jesus disse, fez e ensinou—é a chave da própria Vida. Amor é o mandamento. Deus é amor, e Seu mandamento é amor. A Vida nasce do Amor. Pois sem amor não há vida. Assim, quando Jesus reduz tudo ao amor a Deus e ao próximo, e manda amar a todos, até ao inimigo, Ele está apenas dizendo que sem amor não há vida. E que o único poder que vence o mal é o poder do amor. Portanto, quando Jesus manda amar, Ele ordena a Vida. Ele afirma a vida como essência de Deus, pois Deus é amor. Ele capacita o ser para a experiência da vida, posto que tal só se dá no amor. Ele fortalece a vida, visto que aquele que ama o inimigo é quem tem o controle. Esse não tem nenhum senhor entre os homens, pois, entre nós os escravos sempre o são do medo e (ou) do ódio. Desse modo, amar o inimigo é também um ato de sabedoria. É o mais forte e insuportável ataque: aquele que enfrenta o ódio e o vence, pois não se deixou contagiar por ele. Esse segue livre em seu caminho de vida. Quem odeia se casa com a morte. Pois assim como a vida procede do amor, a morte também procede do ódio. Por isto quem odeia não conheceu ainda a Deus, pois Deus é amor! Como pode um coração cheio de ódio, amargura, ressentimento e espírito de vingança, conhecer o Deus que é amor? Mas aquele que ama é de Deus, o conhece, Dele procede e Dele é nascido. Esse tem vida. Esse vence o mundo. Esse não tem ídolos, pois, somente aquele que também não se dobra ao ódio e ao medo é que não se curva ao ídolo. Quem odeia vira diabo! O grande engano maligno é que os cristãos ouviram Jesus com ouvidos morais, e imaginaram o mandamento como algo moral, e criaram uma forma moral de interpretar o mandamento, e desenvolveram um sentir moral para sentir o mandamento, e, por fim, concluíram que o mandamento era um peso, e, por isso, fizeram-no ser a “vereda do justo e santificado”, e que anda nesse caminho “vicariamente” por todos os que nele não caminham, e que em razão de tal sacrifício e gestos exemplares em altruísmo, será justamente galardoado. Isto porque se pensa que a grande honra de um homem está em responder à altura, está em não levar desaforo para casa, está em mostrar espírito de combatividade, está em demonstrar que está do lado dos que sempre revidam, ou, ainda, dos que batem logo primeiro. Há também daqueles que dizem que dão um boi pra não entrar, e uma boiada para não sair. A via da total calma, do controle da ira, da raiva, do revide, da explosão do enfrentamento, é vista como a via do fraco, do otário, do incapaz, e do covarde. Ah, sinceramente eu lhes digo: se o caminho da Vida fosse o do enfrentamento e da total falta de medo dele, então, saiba, eu já seria um glorificado, vivendo em estado de êxtase, posto que, de minha parte e conforme a minha natureza, nada há mais fácil do que não se controlar... e partir pra dentro. Meu coração, todavia, tem sido vencido pelo mandamento, e sabe porque o mandamento é como é, posto que seu fim é gerar vida. No entanto, muito mais coragem se demanda para não resistir ao perverso, para não enfrentar com ódio, para andar milhas e milhas de compaixão, e para andar em silêncio sob a malícia e o juízo, e acerca de muitas outras coisas. No curso da minha existência fui discernindo cada vez mais o mandamento como vida, e apenas como vida e libertação de toda escravidão. Isto porque tive que aprender que esse é o verdadeiro caminho da coragem, e que por ele anda-se livre. Ninguém tem poder sobre aquele que a ninguém odeia! Carregado de poder caminha aquele que anda em amor, e que contempla o inimigo com uma oração e uma benção em silêncio, e que vê nele não um combatente, mas sim uma vítima da fraqueza do poder dos bichos pueris. Esse tem um só Senhor, e ninguém mais terá o poder de desviar o curso de seu caminhar. Esse, onde quer que morra, morrerá livre. Esse, sim, é filho da Vida. “As minhas palavras são espírito e vida...”, disse Jesus. Caio

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

LANÇANDO PEROLAS AOS PORCOS!




Não lançar pérolas aos porcos é não oferecer os tesouros do ser a quem come apenas lama e babugem, e pisará em nossos tesouros do coração por não ver valor algum em pérolas da alma, assim como é também não oferecer nossos bens do coração aos que apenas pisarão sobre tal riqueza interior.

As pérolas são as verdades de Deus em nós, as mais íntimas e preciosas, que só devem ser compartilhadas com quem lhes dá valor.

O insensato é que abre seu coração e expõe todo o seu interior àqueles que têm no coração a fome e o apetite dos porcos - por lama - e têm ojeriza aos bens do ser.

Veja com quem você abre seu coração!

Veja com quem você divide sua intimidade humana e espiritual!

Veja a quem você serve as preciosidades de seu ser!

Não basta que a pessoa seja “cristã” ou de “igreja”. Isso não significa nada. Amigos de alma e de tesouros são raros, e só se os conhece com o tempo, em meio à fidelidade na dor e nas dificuldades da existência.

Toda hora vejo alguém servindo suas preciosidades de alma a quem não tem uma alma. O resultado é previsto por Jesus: eles pisam nas pérolas e depois devoram aqueles que as serviram.

Seu tesouro está em seu coração. Seja cuidadoso na entrega de sua intimidade. Procure antes comer muito sal com a pessoa. Não se exponha a quem não dá valor à alma.

Muita dor acontece em razão do romantismo de se pensar que basta a nossa sinceridade. Não! Não basta. Do outro lado tem de haver gente. E gente boa de Deus. Do contrário, o que se faz é apenas entregar nossa intimidade a quem se utilizará dela para nos destruir.

Infelizmente o mundo (e nele se inclua a religião) está cheio de suínos existenciais, os quais se alimentam de homens e abominam os tesouros da alma.

Jesus mesmo disse que tinha ainda muita coisa a dizer, mas que os discípulos ainda não estavam preparados para ouvir. Ora, eles não eram suínos existenciais, porém ainda estavam longe de poder entender e apreciar a beleza de muitas coisas.

Para Jesus o não lançar nossas pérolas aos porcos era equivalente a não abrir os tesouros do reino com aqueles que só buscavam pretexto para a matança.

Ora, esse mandamento de Jesus é o que nos protege daqueles que se oferecem como amigos, namorados, companheiros e irmãos, mas que não têm espírito de amor e de cuidado com a alma do próximo.

Ao contrário, para tais pessoas esses segredos das verdades mais íntimas do coração são apenas alças para que nelas se agarrem a fim de nos comerem vivos.

Portanto, veja a quem você está dando os seus tesouros de intimidade, verdade e preciosidades de Deus em sua vida.

Não namore ou se case com o suíno com esperança de ser bem tratado(a). Não fique amigo de suínos existenciais, pois além de não enxergarem você, eles ainda vão pisar em sua vida e devorá-la.

Você jogaria suas pérolas aos porcos, na lama?

Ora, se você não faria isso com joias materiais, por que você faz isso com os tesouros imateriais?

Pense nisso e organize seus vínculos e amizades!


NEle, em Quem o amor é realista,


 Caio